top of page
Foto do escritorCarlos Henrique Viana Lima

Skytear - um MOBA pra chamar de jogo de tabuleiro

Esse post foi escrito pelo nosso amigo Vinicius Rezende, um dos primeiros clientes da Homo Ludicus que viu o potencial do jogo Skytear! Valeu pelo post, Vinícius. Se você, leitor do blog, quiser também escrever algo sobre jogos de tabuleiro, jogos de cartas, wargames, rpg - sobre qualquer assunto relacionado a este hobby, fale com a gente que teremos o maior prazer de publicar seu post aqui.

 

Skytear é um jogo de combate, altamente estratégico (entretanto de fácil compreensão), com miniaturas e cartas, inspirado em games digitais do gênero MOBA (Multiplayer Online Battle Arena) como, por exemplo: League of Legends, DOTA, Smite e muitos outros. Neste board game, os jogadores podem escolher até 28 heróis únicos para compor seu time e construir decks únicos de diferentes estilos para vencer a batalha a caminho da destruição do Nexus inimigo! Atualmente, o jogo possui quatro diferentes modos de jogo: One-Lane Map (o mapa que possui uma única rota, inspirado no típico mapa “all-mid” dos MOBAS), Two-Lane Map (o mapa de duas rotas, principalmente utilizado para as partidas competitivas), Three-Lane Map (o mapa de três rota, inspirado nos mapas mais tradicionais dos MOBAS) e o mais atual, Modo Solo (ainda em BETA, mas funcional e em constante melhoria – este modo é jogado no mapa de duas rotas).

Partindo para o que interessa, está na hora de falar sobre a jogabilidade, balanceamento, rejogabilidade, custo-benefício, comunidade, cenário competitivo e o futuro de Skytear (na perspectiva de um mero jogador, claro).

Em relação a sua jogabilidade, tomando como exemplo o Mapa de Duas Rotas, a partida se inicia com a definição dos objetivos secundários (será abordado mais a frente), seguindo com a definição do primeiro jogador e a Aberração (pode-se fazer uma analogia ao Baron do League of Legends) que será trazida à partida. Por fim, ocorre um draft, ou seja, cada jogador irá escolher, se alternando, quatro heróis dentro dos seis disponíveis em sua “lista”. Cada herói escolhido pelo jogador pode fazer três ações únicas de cinco opções possíveis em sua ativação, são elas: Mover, Estocar, Atacar, Adoração e Liderar.

De fácil compreensão, contudo, de extrema importância, cada ação pode e faz total diferença ao longo do jogo – a curva de aprendizagem do jogo é ótima, os jogadores compreendem facilmente as regras e se tornam jogadores competitivos em um piscar de olhos (lembro-me de um novato que ganhou o primeiro torneio que participou, vencendo veteranos ao longo do caminho). Não é interessante apresentar neste texto o que cada ação faz, entretanto, vale destacar a ação de Adoração – como será feito.

Todos os heróis possuem seus status (Dano de Ataque, Vida, Armadura) baseados nas suas classes (Mago, Assassino etc.), contudo, todas as habilidades passivas ou ativas e as ultimates (supremas) são únicas – e é nas habilidades passivas/ativas que entra a ação de adoração. Cada herói irá fazer parte de uma facção (Kurumo, Liothan, Nupten e Taulot) e a ação de adoração difere entre as facções - o efeito da ação é diferente entre os heróis que a fizeram. Vale destacar que essas ações são caracterizadas pela temática de cada facção: os Kurumo marcam seus heróis para derrotá-los com ataques coordenados; os Liothan transformam-se animais mágicos a fim de caçar em bandos; os Nuptens enganam suas vítimas através de suas ilusões e os Taulot constroem pilares pelo campo de batalha para comunicarem entre si, como uma única mente.

A partida se baseia em turnos (o número de turnos dependerá do modo de jogo, no Mapa de Duas Rotas, são 5 turnos) e estes turnos se baseiam nas ativações de cada herói. Como dito previamente, cada herói poderá ser ativado uma vez por turno, realizando até três ações na sua ativação. Dentro de cada turno, há duas fases: dos Heróis e dos Servos – como já foi apresentada a Fase dos Heróis, agora chegou a vez dos Servos.

Na Fase dos Servos, ocorrerá a resolução dos pontos de controle (pontos que permitem que os jogadores puxem as rotas adiante para destruir as torres e, depois, o Nexus), o reposicionamento dos servos, adição de novos servos e a ativação da Aberração pelo jogador que controlou a Redoma (pode-se fazer analogia com a selva ou jungle dos MOBAS tradicionais). Então chegou o momento em que será abordado três tópicos simultaneamente: jogabilidade, rejogabilidade e balanceamento – porque, como você vai ver, agora os três vão se emaranhar nervosamente, mas positivamente.

O grande diferencial está pelo fato de o jogo rodar sem dados e, consequentemente, os designers optaram em adicionar cartas e deck building ao jogo a fim de implementar isso. Os jogadores podem montar diferentes decks com dez cartas (contando com a ultimate) para cada herói de sua lista, no entanto, seria “fácil” decidir quais cartas trazer ao jogo se o objetivo fosse somente destruir o Nexus inimigo e, por isso, há os objetivos secundários. Os objetivos secundários trazem diferentes condições de vitória. Além de destruir o Nexus para ganhar, os jogadores podem realizar um dos objetivos para vencer. Com tantas variáveis (heróis únicos, diferentes cartas, infinitas possibilidades de deck e listas, objetivos com distintas condições de vitória e modos de jogo) a rejogabilidade se torna algo imensurável.

"Então o jogo não é balanceado, né?”. Muito pelo contrário, o jogo é extremamente balanceado e para confirmar isso basta olhar os dados estatísticos que os desenvolvedores disponibilizam no site oficial. Para não se estender mais que o necessário... é preciso partir para o próximo tópico: custo-benefício.

Saber o que realmente vale a pena adquirir é muito subjetivo à realidade de cada indivíduo, no entanto não posso deixar de apresentar minha opinião. O Skytear tem um preço de entrada, em comparação a outros LCG (ou até mesmo outros TCG/CCG), acessível e aceitável diante da qualidade dos componentes, mas o que de fato faz valer a pena é que o jogo apresenta, literalmente, rejogabilidade infinita, uma jogabilidade em constante expansão (com adição de novos heróis, cartas etc.) e um cuidado enorme pelos desenvolvedores que atualizam as regras a fim de deixar o jogo sempre balanceado.

Para a manutenção e expansão de sua coleção, você gastará, certamente, ao ano, bem menos em relação aos TCG por aí e não se preocupe, todo o conteúdo vêm nas caixas (nada de comprar packs e mais packs em busca daquela carta ou personagem) – o que disse previamente se aplica novamente, quanto mais expansões adquirir, maior será a rejogabilidade. Resumindo, pode comprar sem medo. Se quiser ser um jogador casual, a caixa base e algumas expansões já são suficientes e se quiser se inserir no cenário competitivo, recomenda-se adquirir tudo (mas fique tranquilo, não irá se arrepender).

Antes de prosseguir, um pequeno adendo, para aqueles que adoram pintar miniaturas, uma recomendação: comprem, pois é um prato cheio!

A comunidade é muito amigável, possuindo um grupo oficial de tutores que se disponibilizam a ensinar tudo sobre o jogo aos jogadores novatos. Além disso, os membros estão sempre se ajudando, tirando dúvidas, conversando sobre diferentes ideias de decks, estratégias e muito mais. Devido a comunidade nada tóxica e amigável, o cenário competitivo é um ótimo lugar para se desenvolver como jogador. No mais, a Editora incentiva o cenário, fazendo lives dos jogos oficiais – geralmente estas lives tem sorteios, cupons, spoilers e muito mais! Logo, todos os jogadores são muito bem-vindos e, pelo o que sei, todos se sentem muito bem acolhidos – há o grupo oficial dos jogadores brasileiros no Whatsapp e o grupo internacional no Discord. E é por isso que o futuro de Skytear, nesta perspectiva, é muito positivo: comunidade amigável, jogo em constante expansão, desenvolvedores apaixonados e cuidadosos, Editora competente e que realmente se importa com o jogo e os jogadores.


Concluindo, Skytear é um jogo de miniaturas fantástico, com mecânicas como sistema de pontos de ação, movimento em grades, gestão de mão e deckbuilding, altamente estratégico, com infinita rejogabilidade, comunidade super amigável e um competitivo muito promissor e recompensador. Skytear tenta ser uma adaptação de MOBA para tabuleiro, consegue e vai além, parecendo uma junção entre Magic The Gathering com LoL ou DOTA. Venha fazer parte da comunidade e testar o jogo completo, gratuitamente, através do mod dentro do Tabletop Simulator. Abaixo você encontrará o link para o grupo do Whatsapp e Discord. Agradeço a leitura e espero encontrar você, leitor, lá na comunidade!

Discord (Internacional): https://discord.gg/ktBuVAn



 

Este é o Vinícius Rezende.

Vinicius é estudante de Sistemas de Informação, apaixonado por jogos desde que se conhece por gente e aspirante a game designer.

Posts recentes

Ver tudo

3 Comments


Lucas Dourado
Lucas Dourado
Apr 18, 2021

Excelente post! Deu vontade de testar o jogo! Parabéns!

Like
Julio Cezar
Julio Cezar
Apr 20, 2021
Replying to

Parabéns pelo excelente post! Só um adendo, para a galera que não tem Tabletop Simulator, existe uma versão gratuita do jogo base no Tabletopia, entretanto o mod no Tabletop Simulator é altamente superior, pois é feito pelos próprios desenvolvedores do jogo!

Fica o convite para os iniciantes a entrarem no grupo de Whatsapp e marcarem uma partida inaugural com um dos tutores disponíveis, sendo Vinícius um deles, e eu também.

Like
bottom of page